Resenha: Cem anos de Solidão, de Gabriel García Marquez

Edição: 1ª

Editora: Record/Altaya

ISBN: 8501154032

Ano: não possui informação
Páginas: 395

Sinopse: Este livro, vencedor do prêmio Nobel traz a incrível história da família Buendía, uma estirpe de solitários que habitam a mítica aldeia de Macondo. A narrativa desenvolve-se em torno de todos os membros dessa família, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula, uma personagem centenária.

Minhas opiniões sobre o livro: 
Oláaaaaaaaaaaa amiguinhos!!!! 
Como este post é programado, espero que neste exato momento eu esteja desfrutando do meu prêmio da Mega da Virada em Santorini, obrigada.
E já que meu ano vai começar tão bom em Santorini, vou ser generosa com vocês, crianças, e trazer a resenha de um dos livros mais incríveis que já li, o livro que me trouxe pro lado louco da força, obra prima do gênio do realismo fantástico, o livro que não quero nem saber, você PRECISA ler.
O livro conta a história da família Buendía, fundadores do pequeno vilarejo de Macondo.
José Arcadio e Úrsula são primos, que partem para uma terra distante a fim de sossegar um fantasma que surge em suas vidas por conta de uma bizarra situação.
José Arcadio é um visionário, quase beira a loucura. Ao conhecer o cigano Melquíades, e as maravilhas de modernidade que chegam com sua caravana, José fica cada vez mais distante do patriarca da cidade que era quando Macondo foi fundada. Úrsula, por sua vez, é pequena mas inquebrantável. De uma força absoluta de caráter e vontade. Seus filhos, Aureliano, José Arcádio, Amaranta e a adotiva Rebeca são a segunda geração de buendía, que a partir daí segue cheia de Arcádios, Aurelianos a Amarantas, até seu último descendente, todos seguidos de perto por Úrsula, que é, até a sua morte, a "voz da razão de uma familia de loucos".
Cada personagem tem sua própria história fantástica, assim como seu trágico desfecho. Não é preciso nem falar, o título do livro já manda aquele spoiler louco de que este não é o livro mais feliz do mundo.Mesmo assim, é uma leitura tremendamente agradável, em cada uma das sete gerações de Buendía.
Do medo de Úrsula de ter filhos com rabo de porco, à impetuosidade de José Arcádio, passando pelos amores proibidos de seus filhos e o progresso que chega ao pequeno povoado com uma velocidade assustadora, tudo parece tão natural, mesmo em meio a tantas loucuras, que parece que lemos o relato de alguém em um diário, uma história verídica, daquelas de avó, que juram que uma vez o lobisomem tentou entrar em casa, ou que viu algo impossível "com esses olhos aqui, juro pra você".
García Marquez encontra uma certa poesia no enfado cotidiano, a leveza em meio ao conflito, e a realidade em meio à loucura, de forma magistral.
É uma leitura que fluí, mesmo quando o autor nos apresenta parágrafos infindáveis, que duram por páginas inteiras.
Como eu sou a maluca das ilustrações, não poderia deixar de falar do delicado trabalho apresentado neste exemplar, as ilustrações de Carybé, que eu desejei que fossem maiores e mais constantes e talvez até coloridas, pois sou apaixonada por cada uma delas.

Tudo neste livro é sublime, mágico e lindo. Eu sei que é clichêzão, que Cem Anos de Solidão está nas listas de "livros que você deve ler" de quase todas as publicações, de quase todos os países do mundo. Mas não dá pra evitar. É um dos meus preferidos e mais lidos e relidos, com certeza. 

É outro daqueles livros dificílimos de resenhar (até porque são tantos acontecimentos que é quase impossível explicá-lo o suficiente para alguém, sem lançar uns spoilers.) e que só resta a mim tentar convencê-los com a minha empolgação. Pois tudo que se pode dizer dele é que você deve lê-lo, com atenção e gana, para que possa entender o que é amar aos Buendía como se fossem os seus, e à Macondo como se fosse sua.

Beijos, e um bom 2015 para todos vocês.