Resenha: Amor Imortal de Ana Carolina K.J.

31 outubro 2015






Edição: 1
Editora: Novas Páginas
ISBN: 9788581637273
Ano: 2015
Páginas: 256
Sinopse:
Após a morte de seu pai, Anna Bonnier tenta recuperar um pouco de sua felicidade ao viajar para uma estação de esqui com sua melhor amiga, Loreta. Entretanto, o que era para ser um simples passeio, acaba por se tornar um desafio sobrenatural.
Anna conhece o enigmático Raziel e percebe uma forte conexão que vai além da realidade, sobretudo quando descobre que o sentimento que tem por ele atravessa os séculos.
Aos poucos, a proximidade que constroem juntos traz novos riscos. O relacionamento amoroso que ela sempre desejou pode desaparecer de forma trágica, assim como o homem que abriu seu coração.
Passado, presente e futuro caminham juntos nessa emocionante história de amor e sedução, em que a realidade é capaz de alterar, a qualquer momento, o destino de cada um deles.

Resenha

Infelizmente a obra não me ganhou.
Apesar do Título e da sinopse remeterem aos Young Adults famosos, comecei a ler o livro esperando ser surpreendida por alguma inovação de alguma maneira, mas isso não aconteceu. Amor Imortal, aposta na mesma receita de livros adolescentes de fantasia, como Crepúsculo, a saga dos imortais e até mesmo alguns nacionais como Não pare! e Anseio, com o único diferencial de que rola sexo na história.

O Livro começa nos mostrando a protagonista Anna Bonnier e sua amiga Loreta em meio à férias e Aspen. Lá elas conhecem dois jovens misteriosos: Erick e Marcos. Loreta se encanta de cara por eles, especialmente por Marcos, enquanto Anna sente algo estranho, sempre que se aproxima deles. Nesse ínterim começa a acontecer coisas estranhas com ela, pequenos acidentes, mal estares passageiros e ela começa a ouvir uma voz na sua cabeça que a manda ter cuidado.

Na sequência ela conhece Raziel, outro cara misterioso e sedutor, mas por esse ela se sente atraída, assim como sente que já o conhece de algum lugar. Como era de se esperar eles acabam se aproximando e Anna acaba descobrindo que ele é um "Nefilim" e assim começa a entender porque todas aquelas coisas estranhas estavam acontecendo com ela, e descobre o porquê da familiaridade que ela sente quando está perto Raziel. Daí em diante começa a aventura da trama, juntamente com as tórridas cenas de sexo. E vocês já podem ter ideia do final.

A escrita da Ana Carolina é boa, a história é conduzida de uma maneira que faz com que a leitura flua bem, porém como eu já mencionei me faltou o estimulo de algo novo na trama.
As cenas eróticas são legais, bem estruturadas, a autora conseguiu dosar o erotismo na medida certa, de modo que as cenas de sexo ficassem sensuais e não pornográficas.

E agora eu chego a um ponto delicado da resenha, onde eu tenho que fazer crítica a algo que muito me incomodou, quase no fim da leitura. Quando durante uma conversa entre os protagonistas Raziel e Anna, ele menciona o fato do antagonista da trama praticar magia negra, coisa que é comum em livros desse gênero, e a Anna fazer a seguinte questão: “Ele faz Macumba?” Claramente se referindo à pratica de religiões de matizes africanas, fala essa que foi no mínimo desnecessária, para não dizer preconceituosa.
E na sequencia o personagem Raziel ainda questiona se é assim que se chama a prática do satanismo hoje em dia.

Primeiro: Macumba é um instrumento musical – Fora o preconceito, ainda é um claro erro de revisão/copidesque.
Segundo: Umbanda e Candomblé, religiões de matizes africanas comumente chamadas de “Macumba” pelos leigos, não são magia negra e nem satanismo.


Então, essa parte da narrativa pode até ter mostrado uma falta de informação, mas antes de se escrever algo do tipo sobre determinados assuntos deve se estudar melhor sobre eles para não se propagar esse tipo de preconceito. 
Que fique claro que essa crítica não foi feita no sentido de ofender a autora ou menosprezar a obra e sim porque prezo pela sinceridade nas minhas resenhas e não poderia deixar de falar sobre algo que tanto me incomodou. Fica a dica, para caso queiram corrigirem isso numa próxima revisão.

Então gente, como vocês viram a leitura não caiu muito bem pra mim, mas recomendo que leiam e tirem suas próprias conclusões, cada ser humano é único e o que não funciona pra mim, pode funcionar pra você e vice-versa. Não deixem de interagir comigo nos comentários.

Beijos!



13 comentários:

  1. bem, eu não leria porque detesto esse tipo de livro, e essa da 'macumba' foi de lascar mesmo... affz...

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  2. Olá Kris, estou um pouco saturada de livros com esse forma de romance meio adolescente sobrenatural e pelo ponto negativo que você destacou isso também iria me incomodar um bocado, mas quem sabe no futuro eu não de uma chance e tire um conclusão própria sobre o livro, por hora deixou a dica passar...

    Visite "Meu Mundo, Meu Estilo"

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  3. Poxa que chato esse preconceito com as religiões de matrizes africanas.Poderia ser até um bom livro, mas essa foi de lascar...

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  4. Oi Kris! Tudo bem? Olha eu não posso falar muito, por que nunca li um livro desse gênero! Mas sei muito bem o que você quer dizer com isso tudo. Eu nunca li esse livro, muito menos esse tipo de gênero e nem julgarei sem ter lido, mas deixarei com que o tempo diga se irei ler ou não.

    Hoje em dia tem muitos preconceitos e a autora poderia ter dado uma aprofundada nesse tipo de assunto e melhorado o que foi escrito.

    Atenciosamente Um baixinho nos Livros.

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  5. Oieee.
    Nossa, já não quero ler esse livro.
    Apesar de tu ter ressaltado pontos positivos, da escrita da autora, a história não me agrada, não gosto de romances de fantasia.

    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  6. Olá!
    Não curto muito livros de romances e essa parada de macumba me deixou com cara de WTF?? Vou deixar esse passar.

    Beijos
    http://www.breakingfree.blog.br/

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  7. Olá Kris! Li Amor Imortal recentemente e estou apaixonada pelo livro (Se tu der uma passadinha lá no blog tem resenha também).
    Olha, não li Crepúsculo ,mas todo mundo sabe meio como é a história por causa dos filmes. Da série os Imortais li somente um livro. Não acho justo (mesmo respeitando sua opinião) comparar Amor Imortal com esses livros porque não tem nada que ver. Primeiro que a escrita das duas autoras é completamente diferente da Ana Carolina. E segundo que os livros citados possuem personagens adolescente e blá, blá, blá. Em Amor Imortal a Anna é uma mulher madura, adulta, apesar das inseguranças, que todos temos, é claro, mas é completamente diferente dos outros livros.

    A colocação que você fez sobre o significado da macumba está certa. Mas não achei algo preconceituoso da forma como foi mostrado no livro. É praticamente normal as pessoas que não conhecem sobre feitiçaria, magia negra e afins compararem com as religiões africanas. Porque quem passa em frente as casa de artigos religiosos africanos, olham as imagens de diabos e outra divindades e pensam se tratar de uma coisa só. Seria estranho se a Anna não interrogasse Raziel e começasse a fazer várias observações sobre satanismo sendo que tudo aquilo era novo para ela.
    Realmente as cenas eróticas ficaram no ponto certo. Gostei muito desse tempero no livro. É uma obra muito boa. Fico triste que não tenha funcionado com você. Tenho certeza que lerá outro livro da autora e irá morrer de amores.
    Beijos,
    Monólogo de Julieta.

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    1. Então, Paloma primeiramente obrigada pela visita,
      olha eu li os livros da saga crepúsculo e senti sim muita semelhança com o amor imortal, lógico que rola diferença nas escritas, afinal cada autora é preparada de uma forma para escrever.
      Quanto a parte do preconceito, desculpa, mas achei que na tua justificativa a ementa saiu pior que o soneto. As pessoas pensam isso? Beleza.
      Mas uma autora é criadora de opinião, ela não pode sair propagando esse tipo de preconceito numa obra literária.
      Beijos

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    2. Olá Kris Oliveira.
      Primeiro, gostaria de agradecer a sua resenha e aos elogios sobre a minha escrita.
      Segundo, gostaria de DESTACAR que não sou uma pessoa PRECONCEITUOSA. Estudo metafisica, tenho um lado espiritual forte e não tenho preconceito com nenhuma religião. Essa é uma história de ficção, nada é real! Não pretendi de forma nenhuma ofender ninguém. Muitas religiões não aceitam o fato de que anjos caídos existem e cada um tem a sua filosofia... Se eu fosse pensar nisso, a história não sairia... Adoro filmes de magia e de temas espirituais... Muitos religiosos já falaram mal do livro Harry Potter por conter magia negra. ... acho isso uma besteira. Em fim... Se algo te ofendeu em meu livro, sinto muito, mas nada do que foi escrito teve a intenção de julgar ninguém. Obrigada - Ana Carolina KJ

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  8. Oi Kris.
    Eu li e adorei o livro. Não achei nada preconceituoso.
    Adorei a maneira que a escritora coloca as palavras. Ela detalha as cenas e os personagens tão bem que fui capaz de enxerga-los.
    Apesar de se tratar de um livro de ficção, o amor de Anna e Raziel é lindo! Impossível ler o livro e não cair de amores por Raziel!
    Como você mesma comentou, as cenas de sexo são fantásticas. Muito difícil escrever sobre sexo sem cair no vulgar e ficou sensual.
    O livro ainda nos proporciona uma viagem no mundo das artes, nota-se que a escritora é uma pessoa viajada e requintada., é uma leitura agradável e leve.
    Lógico que gosto é muito particular, nem Jesus Cristo foi capaz de agradar a todos, a mim Amor Imortal agradou e muito.

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    1. Então, se você não faz parte de nenhuma religião de matiz africana é comum que você não ache que o livro foi preconceituoso. As pessoas normalmente não se compadecem do que não as ofende diretamente. Pra mim comparar esse tipo de religião com satanismo é preconceito, sim. Mas, é normal nem todo mundo é capaz de sentir empatia.
      Ainda assim, obrigada pela visita.

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  9. Olá Kris!
    Eu adorei o livro Amor Imortal e, pelo o que conheço da autora, a intenção dela não foi de maneira alguma ofender uma religião ou a prática umbanda, não foi um sentido de menosprezar ou insultar, foi um termo que é geralmente usado... fica visível o quanto a Anna é uma pessoa doce, que tem uma vida relativamente comum, igual a do resto da sociedade, e ela, de repente se depara com uma cena de magia negra. Eu pelo menos não falaria: ele fez magia negra? Com certeza falaria macumba ou qualquer coisa do gênero. Entendo sua revolta com o assunto, mas não vi o termo como sentido pejorativo, muito menos um motivo pra julgar todo o resto da história, que sim, foi muito bem elaborado, como ruim ou como preconceituoso.

    Além disso, o enredo é sobre anjos e sobre anjos caídos, todos adultos e maduros, até mesmo a Loreta, que é mais descontraída, ela tem certa maturidade e independência. Foi um tema tratado com muita seriedade e profundidade para ser comparado com Crepúsculo...

    Uma pena você não ter gostado tanto, a leitura pra mim foi super prazerosa, mal consegui ficar longe do livro enquanto não acabei.
    bjss
    http://umavidaliteraria1.blogspot.com.br/

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    1. Oi gata, eu acho que você não leu a resenha de direito, porque se você tivesse lido com o minimo de interpretação de texto você veria que eu não Julguei o resto da história inteira como preconceituosa, eu julguei essa parte, porque voluntária ou involuntariamente ela foi.
      Você achou o livro maduro, eu não achei é a questão de que cada um interpreta a história pela sua vivência, pra sua vivência esse texto foi maduro, pra minha não foi, simples.
      Que bom que você gostou da narrativa, é sinal de que você está no público alvo da autora ao qual eu não pertenço. Beijos

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