Resenha: Lead - Kylie Scott (Stage Dive #3)

Embarque em mais uma aventura com os roqueiros sensuais de Stage Dive, repleta de romance e de cenas inesquecíveis...
Como vocalista da banda Stage Dive, Jimmy sempre teve tudo na hora que quis, fosse bebida, drogas ou mulheres, até que a destruição de sua reputação na mídia serviu de alerta e o conduziu à reabilitação. É neste momento que Lena surge em sua vida. Contratada para ser a assistente que tem como missão mantê-lo longe de problemas, ela não planeja aguentar desaforos do sensual roqueiro, e está determinada a manter a relação em nível estritamente profissional, apesar da química efervescente entre eles, até que Jimmy vai longe demais e Lena vai embora. Isso o faz perceber que talvez tenha perdido a melhor coisa que já lhe aconteceu.

Edição: 1 • Editora: Universo dos Livros • ISBN: 9788550300290 • Ano: 2016 • Páginas: 368 • Tradutor: Francisco Sória

Lead é o terceiro livro da série Stage Dive, o último que eu li e o segundo que eu resenho (Vou fazer a de Lick e a de Play em breve), acredito que dos quatro foi um dos que eu menos gostei. Em Lead acompanhamos a história de Jimmy e Lena. Acredito que uma das razões pela qual não gostei tanto do livro é em parte, porque desde as leituras anteriores eu não gostava tanto do Jimmy, devido a diversos comportamentos do personagem. Em compensação a Lena é uma protagonista maravilhosa e cativante, desde a sua primeira aparição.

Desde as leituras anteriores sabemos que Jimmy tem sérios problemas emocionais devido ao seu vício em álcool e drogas, devido a isso os outros rapazes da banda e os empresários o intimam a contratar alguém para lhe assessorar e principalmente mantê-lo longe das drogas e é aí que a Lena entra na história.

Ela é contratada devido ao seu gênio forte e desde o início o relacionamento entre ela e Jimmy é bem conturbado, mas isso não a impede de nutrir uma forte atração sexual por seu chefe. Após algum tempo de convivência Lena começa a ver um lado de Jimmy que não conhecia, uma forte carência e sentimentalismo provenientes da falta de cuidados da mãe por ele e pelo irmão, desde a infância. E ter essa nova perspectiva do personagem, mais a atração acabam despertando em Lena sentimentos mais fortes, o que a faz querer se afastar de Jimmy. 

Porém ele, não está disposto a abrir mão uma das únicas amigas que ele tem fora da banda e promete a Lena que vai ajuda-la a superar o que ele acredita que é uma paixonite devido a fama dele. E é ai que começam as confusões.

"Já reparou em como o mundo parece diferente no auge da madrugada, quando você está acordado há tempo demais? Há algo de surreal, mas ao mesmo tempo muito claro, tão silencioso que você pode ouvir a verdade sussurrada das coisas que você não poderia trazer à tona sob a luz do dia."

Assim como nos livros anteriores a escrita da Kylie é gostosa, fácil e flui muito bem. A dinâmica entre os personagens é boa, apesar que o fato de Jimmy não admitir seus sentimentos, nem para si mesmo, mesmo quando as coisas já estão claras para todos, é irritante.
Jimmy é o irmão mais velho de David e desde muito cedo tomou para si a responsabilidade de cuidar do irmão. Cresceram meio que por conta própria, dentro de um lar desestruturado onde a mãe era dependente química negligenciava os filhos e o pai não se posicionava em relação a isso "por amor a mulher" que eventualmente abandonou a família, vindo a aparecer novamente anos depois apenas quando precisava de dinheiro. O mais próximo de uma figura materna que eles tiveram, foi através da mãe de Mal. Essa é uma questão que não testifica, mas de certa forma esclarece um lado do comportamento do personagem.

Porém a outro lado dado ao personagem, onde ele possui uma personalidade infantil e mimada, que age como um perfeito babaca quando contrariado, algo que chega a ser um paradoxo em relação aos cuidados de irmão mais velho e protetor que ele sempre teve e demonstrou com David.
Ou seja, a personalidade e comportamento do personagem vária tanto que acaba não parecendo verossímil e esse foi um ponto de conflito que me incomodou um pouco na leitura.

Já Lena é uma mulher que possui um histórico de relacionamentos não tão agradáveis e que apesar de deixa-la mais seletiva em relação a com quem se envolver, também a fizeram se autofirmar como mulher. Ajudando-a a se aceitar da forma que é e não fazer questão de se enquadrar ao que acredita que a sociedade espere dela, mesmo que sua visão sobre si mesma seja um pouco rígida. 

Em Lead o romance também é mais lento e arrastado. Rola muito daquele bom e velho "cu doce" por parte do nosso mocinho Rock Star. Aqui diferente da maioria dos outros livros, a protagonista é decidida, dona de si, segura e expõe os seus sentimentos, e segura durante boa parte do tempo as rédeas da situação. Enquanto o mocinho nega os dele. 

Eu curti a leitura, e a fiz bem rapidamente, só não gostei dela tanto quanto gostei dos dois livros anteriores, em especial Play, porque Mal é de longe o melhor personagem dessa série e rouba a cena diversas vezes em todos os livros. Houveram alguns pontos que deixaram a trama um pouco monótona, devido a esse chove não molha no romance, mas nada que prejudicasse o envolvimento com a leitura significativamente.

Espero que tenham curtido a resenha e até a próxima.
Beijos