Resenha: A Garota dos Olhos Azuis - Karin Slaughter

Uma linda garota caminha pela rua quando, de repente...

Julia Carroll sabe que muitas histórias começam assim. Bonita, inteligente, dezenove anos e recém-chegada à faculdade, ela deve tomar cuidado. Mas, mesmo com todo cuidado, ainda está apavorada, porque várias meninas estão desaparecendo.

Uma colega sua, Beatrice Oliver, desapareceu. Assim como uma moradora de rua chamada Mona-Sem-Nome. As duas sumiram no meio da rua, sem deixar vestígios.

Julia não quer ser a próxima... Sua única saída é descobrir as razões por trás desses mistérios.

A Garota dos Olhos Azuis é um emocionante e inesquecível prequel do best-seller da autora Karin Slaughter, Flores Partidas.

Edição: 1| Editora: HarperCollins Brasil | ISBN: B01DC81BRM | Ano: 2016 | Páginas: 123 | Tradutor: Carolina Caires Coelho

A Garota dos Olhos Azuis é uma prequel da série Flores Partidas e nele vemos como deu-se o desaparecimento de Julia a irmã mais nova de Claire e Lydia.

Julia é uma jovem e promissora estudante de jornalismo, lutando por seu espaço num meio extremamente machista, numa época em que a sociedade era ainda mais machista do que nos dias atuais. E onde ser feminista e lutar por seus direitos era mal visto e colocava a mulher num status negativo, perante a sociedade. 

Julia sempre foi uma menina obediente, que tentava manter-se num lugar discreto, sem atrair atenção, ou questionar demais, mas ao começar seu trabalho no jornal do campus, no momento onde tem surgido alguns desaparecimentos misteriosos de garotas, ela intensifica sua pesquisa e descobre que o número de mulheres que somem e nunca são encontradas é muito alto. Ela decide escrever sobre isso o que não grada muito os seus colegas de trabalho machistas.

O que ela não poderia imaginar é que ela se transformaria em mais um numero as estatísticas.

A Garota dos Olhos Azuis não foi o meu primeiro contato com a escrita da Karin, li anteriormente um livro escrito mais recentemente pela autora e sendo assim, posso falar que ela mudou uma das características que mais me incomodaram na leitura de AGOA, que foi a escrita prolixa e arrastada.

Apesar de ser uma noveleta a leitura de AGOA, não flui rapidamente, porque a autora conta a história de uma forma muita detalhada, algo que é bom pra nos ajudar a conhecer os personagens, mas não funciona num thriller, ainda mais em algo que deveria ser um conto. Por sorte a trama é tão interessante que capta a nossa atenção e mantemos a leitura até o fim.
Eu curti principalmente a forma da autora de nos conduzir até um final que já sabemos, de maneira eletrizante e de certa forma surpreendente. Nós sabemos o que vai acontecer, mas não sabemos como, ou por quem e a Karin soube mexer suas letrinhas pra nos fazer prender a respiração enquanto líamos.

Terminei a leitura louca para ler Flores Partidas e assim que o fizer, venho aqui falar dele também para vocês.