Aprendemos na escola que a Iara é uma sereia, que o Saci não tem uma perna e que o Boto seduz as mulheres na noite de lua cheia e depois desaparece. Mas e se eles não fossem apenas histórias que escutamos quando pequenos? E se eles vivessem, respirassem e tivessem sonhos?E se eles estivessem sendo caçados?Acompanhe a história dos nossos principais personagens do folclore brasileiro numa batalha para se salvar... E salvar a Amazônia também.
— Já falei que não foi minha culpa! E na hora também, eu nem mesmo pensei...— O homem tem a cabeça na virilha, Iara... estamos falando do Boto! – comentou Saci, arrancando uma risadinha da moça.— Ei! Olha quem tá falando, como se você fosse eunuco! Se tivesse conhecido Niara, com certeza teria feito a mesma coisa!— Primeiro que eu não sou você, meu caro.— Ahãm... e está todo cheio de atiramento pra Iara! Acha que eu sou cego ou o quê? – Imediatamente o outro enrubesceu e quase derrubou a tapioca que terminava de fazer.— Deixe de besteira Boto. – Descartou Iara assim que se sentou e entregou-lhe a xícara de café.
— Parece que achamos nossa arma do crime – concluiu o boto, com sua voz mais grossa e categórica. Para logo depois dar uma risada. — Sempre quis dizer isso, depois de ver tanto programa policial.
Seus olhos viram um dos maiores medos da folclórica: troncos e madeira chiavam alto à medida que eram engolfadas em chamas, os animais gritavam e as aves voavam em debandada do local. Um pouco mais afastado dali ela via monstros de metal e garras avançando, derrubando árvores milenares, que não tinham como resistir à força do metal.Os malditos tratores eram presenças constantes na Amazônia, sempre invadindo e destruindo tudo a sua frente. Se não eram esses, homens com serras vinham ou então o próprio fogo, que liberavam na orla da mata e que se espalhava como vento.
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