Resenha: Morgenstern - Kelly Hamiso

Sinopse:"Sarah Vega é uma jovem dedicada aos estudos e à família. Além de estudar Fisioterapia, ajuda a mãe no carrinho de cachorro-quente e cuida do pai cadeirante. Um amor incondicional que ela só compartilha com os fiéis amigos. Paciente, está à espera do homem certo, alguém que fará a diferença em sua vida. Há quem diga que esse homem é Andreas, um rapaz charmoso e atencioso, completamente apaixonado por Sarah. Ela, apesar de querê-lo bem, não sente o mesmo. Uma inesperada visita a uma academia faz seu mundo virar de cabeça para baixo. Quando se depara com o campeão de MMA Hans Scheidemann – a Muralha Alemã –, Sarah se vê envolvida em um turbilhão de paixões e dúvidas. Afinal, Hans tem seus segredos, capazes até mesmo de colocar a garota em perigo. Tudo se complica ainda mais quando uma vidente lhe faz uma revelação inusitada: Sarah tem um dom especial e faz parte de um seleto grupo – as Estrelas da Manhã – do qual depende o equilíbrio do mundo. Numa trama tão alucinante quanto comovente, repleta de romance, esoterismo, ação e emoções à flor da pele, Sarah terá de fazer as escolhas certas. Disso depende não apenas seu futuro, mas o de toda a humanidade."

ISBN: 9788542809022
Ano: 2016 / Páginas: 368
Idioma: português
Editora: Novo Século

Oi pessoal, hoje eu trago para vocês a resenha de um livro que não me cativou o quanto eu esperava, mas tentarei ser o mais imparcial possível na resenha e espero que vocês leiam a obra e tirem as suas próprias conclusões.



Em Morgenstern, da autora Kelly Hamiso, acompanhamos a história de Sarah Veiga uma jovem batalhadora de 23 anos que vive para a família, principalmente o pai que é cadeirante, e de certa forma bastante abusivo (e homofóbico), colocando todas as suas necessidades sob a filha. Ele transfere para a Sarah até mesmo a responsabilidade de coisas que ele poderia fazer, e por esse motivo não tem tempo para relacionamentos amorosos, o que não impede de seu amigo Andreas ficar ao seu lado esperando uma abertura. O que provavelmente não acontecerá, pois durante uma visita técnica para a faculdade ela conhece o boxeador alemão Hans que acaba mexendo com seus sentimentos. E é a partir desse encontro que a vida de Sarah dá um giro 360º graus surpreendente.

Primeiramente tudo o que disser aqui é a minha opinião, certo? Então vamos lá.

Morgenstern é um livro que tem uma premissa muito boa e que poderia ter rendido um bom livro.
As estrelas da manhã, que explicando resumidamente são um grupo de mulheres que possuem o dom da vidência e ajudam a manter o “equilíbrio” do mundo. Se autora tivesse focado mais nesse ponto da história talvez, e eu digo TALVEZ, o livro tivesse me conquistado.
Porém, em vez disso a forma como a autora escolheu para contar a história da Sarah, não me conquistou. Na verdade não sei quem sofreu mais nesse livro se foi a Sarah ou se foi eu ao ler tudo que ela teve que passar.

Falando da forma que a história foi contada, sabe o lema da Bauhaus* "Less is more" (menos é mais)? Então, ele se encaixa perfeitamente no caso de Morgenstern. Foram tantos plot twists que iam e vinham sem nenhuma continuidade, que quando você pensava que estava tudo certo alguém que você não esperava ou nem lembrava da existência, porque não lhe foi dado a devida importância no desenrolar da história, aparecia para fazer alguma coisa que atrapalharia a relação da Sarah com Hans.
O que me leva a outro ponto, a quantidade de personagens mal aproveitados que apareciam em um determinado momento e depois só apareciam novamente no momento de tensão. Tanto é que houveram momentos em que eu parei por alguns segundos para poder lembrar quem era determinado personagem.
Eu não estou dizendo que esses momentos de tensão são ruins para a história, mas tudo em excesso faz mal, certo?
Tanto é que o primeiro plot twist que aconteceu foi surpreendente e bom, relativamente, mas depois do terceiro seguido eu cansei. Tanto que o único alivio durante o resto da leitura eram as partes do Seu Antônio, personagem amigo de Hans, que através dos seus conselhos, sua fé e falas certeiras ele foi a verdadeira estrela de Morgenstern.

Bem, a história da Sarah e do Hans não me conquistou de nenhuma forma, tanto o desenvolvimento quanto a escrita da autora com parágrafos enormes e informações demasiadamente desnecessárias, fizeram com que ficasse difícil concluir a leitura. No final a autora valeu-se de um recurso que definitivamente, não me agradou, mas se você gosta de histórias de amor no melhor estilo mexicano hollywoodiano onde você não pode respirar de tanta tensão, talvez Morgenstern seja o livro para você.

Espero que tenham gostado da resenha  e deixem as suas opiniões nos comentários.


*A Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda na Alemanha. Uma das maiores e mais importantes expressões do Modernismo no design e na arquitetura, Sendo a primeira escola de design do mundo, ela revolucionou o design moderno ao buscar formas e linhas simplificadas, definidas pela função do objeto. Tendo como lema "Less is More".