Resenha: Entre o Amor e a Vingança (O Clube dos Canalhas #1) - Sarah MacLean

15 fevereiro 2017




Edição: 1
Editora: Gutenberg
ISBN: 9788582352939
Ano: 2015
Páginas: 304
Tradutor: Cássia Zanon
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Sinopse: O que um canalha quer, um canalha consegue... Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury.
Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança - o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles até mesmo seu coração.

Oieee pessoal, recentemente eu entrei numa crise literária, extremamente  agradável e meio que virei a louca dos romances de época, comecei a ler um atrás do outro e por isso essa semana teremos várias resenhas do gênero por aqui. E a primeira é a de Entre o Amor e a Vingança, o primeiro livro da série O Clube dos Canalhas da Sarah MacLean, que foi também a minha estréia na escrita da autora e eu amei.
A história começa nos mostrando o jovem Marquês de Bourne perdendo todo o seu patrimônio numa mesa de vinte-e-um, para o seu próprio tutor. O homem em quem o seu pai confiou a segurança de seu filho após a sua morte, O visconde de Langford. Que o enganou e o induziu a apostar tudo o que possuía inclusive Falconwell, a casa ancestral do seu marquesado. E a partir desse episódio tudo o que Bourne faz é alimentar o seu desejo de vingança.
A narrativa retorna então anos depois, agora Bourne é um dos donos do maior clube de cavalheiros de Londres, O anjo Caído, e já construiu uma fortuna maior do que a que lhe foi tomada e descobre que tem a oportunidade de conseguir Falconwell de volta, pois mais uma vez ela foi perdida numa mesa de jogo e agora está nas mãos do seu antigo vizinho o Marquês de Nededham e Dolby que vinculou as terras, ao já vultuoso dote de sua filha mais velha Penélope, uma antiga amiga de infância.

Penélope é a mais velha das 5 filhas do Marquês de Needham e Dolby, que anos antes tendo rompido um glorioso noivado com um Duque que casou-se com outra mulher, menos de uma semana após o rompimento. Acabou tornando-se, injustamente, a culpada por atrair uma desagradável reputação tanto para si, quanto para as suas irmãs. O que levou duas dela a fazerem casamentos apressados com os primeiros pretendentes, mesmo preferindo tornar-se uma solteirona, ela teme que a sua acabe atraindo o mesmo legado o mesmo legado para as suas irmãs mais novas, Phelippa e Olivia. E é por isso que ao receber Falconwell, seu pai não tenha pensado duas vezes em vincula-la ao seu dote, na esperança que o extremo valor das terras acabasse por atrair um pretendente que agradasse a filha.
Penélope que sonha casar-se por uma razão mais profunda que simplesmente cumprir o papel que esperavam dela, agora sabe que estará na mira de todos os caça-dotes de Londres. E além disso não a agrada também que por causa de si, as terras do seu amigo de infância Michael, acabem nas mãos de um completo estranho.

O que ela nem imagina é que Michael, o Marquês de Bourne, está voltando para casa, determinado a casar-se com ela a qualquer custo e tomar de volta o que é seu por direito.

O Anjo caído é de fato o clube dos canalhas, um antro de pecados de alto nível, regido por quatro membros da nobreza inglesa que foram destituídos de sua honra, mas que juntos foram capazes de conseguir outro tipo de nobreza, a dos pecados e prazeres. Eles são Bourne, Cross, Temple e Chase e cada um dos livros corresponderá a um deles, respectivamente.

O Reencontro entre Bourne e Penélope é tenso e acaba nos deixando com uma péssima impressão do marquês, que está tão determinado em se vingar, que não mede seus atos e é capaz de passar por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer. E ainda bem, que para competir com isso a autora se valeu de uma personagem tão forte e determinada quanto ele, que ao longo da narrativa se mostrou uma excelente jogadora. Capaz de reverter a situação e fazer com que esse casamento saísse aos seus próprios termos. Que são, não desonrar o nome de sua família e garantir bons casamentos para suas irmãs. E para isso eles tem que convencer toda a corte que se casaram por amor.

Eu gostei muito da escrita da Sarah, principalmente por ser notável que além de todo o romance inerente na obra, existe uma forte crítica ao machismo da época. Onde mesmo, sendo "traída" a mulher é quem era julgada e não o homem, porque ela não foi capaz de sustentar atenção do seu pretendente. E esse é o pecado de Penélope na história. A autora também nos mostra o tipo de marcas que esse julgamento traz, Penélope acaba não possuindo tanta confiança em si e é ai que tem lugar o nosso Marquês, que vai amadurecendo ao longo da história, vai abrandando o seu rancor e é a peça principal para mostrar a essa heroína tudo o que ela é capaz. Tudo isso regado a diálogos eloquentes e muita sensualidade.

A narrativa do livro é extremamente fluída e eu não consegui largar a obra antes de chegar ao fim, os personagens são todos bem estruturados e cativantes, não só os protagonistas e é isso o que mais dá vontade de conhece-los e ler os próximos livros dessa série, que inclusive acaba nos deixando com o gostinho de quero mais, devido a um forte gancho da sequência.

A Edição da Gutenberg está linda, essa capa me encantou desde a primeira vez que vi, eu sou apaixonada por livros com capas vermelhas. A Diagramação também está excelente e segue o padrão já conhecido dos romances de época da editora. O que infelizmente, acabou ocasionando uma surpresa desagradável, foram alguns problemas que eu não sei ao certo se devo atribuir a tradução ou a revisão, mas acredito que aos dois, que são algumas frases embaralhadas, frases repetidas e alguns errinhos de concordância no livro. Porém esse é o único problema que encontrei e salvo isso a leitura é maravilhosa.


Espero que tenham gostado da resenha, não deixem de me contar se já leram o livro nos comentários.
Beijos ♥


10 comentários:

  1. Olá, como vai?
    Esses dias para trás estava vendo uma resenha no youtube e a moça estava falando sobre esse livro, já tinha ficado interessada, agora mais ainda.
    Gosto de livros de romance de época que demonstram um certo tino para críticas sociais, eu acho que na época isso não existia o machismo por exemplo não era visto dessa forma, era algo comum, mas um livro lançado na contemporaneidade tem que tratar desses assuntos porque fazem parte da nossa sociedade.
    Achei a capa do livro feia mas a história é boa então fui vencida.
    Beijo
    https://qadulta.blogspot.com.br/

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  2. Oi, Kris!
    Eu adoro romance de época, é um dos meus gêneros favoritos.
    Acredita que nunca li nada da Sarah?
    Que ruim haver erros de revisão, mas se a história é boa, tudo vale a pena. E pelo jeito valeu! ♥
    Beijos

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  3. Olá,
    Gosto muito de livros do gênero e eu não chamaria de crise, mas sim fase onde você leu tantos títulos de romances de época.
    Ainda não li nada da Sarah, mas vejo sempre muitos elogios sobre sua escrita e o desenvolvimento dos personagens.
    Fiquei bem intrigada para saber como foi esse primeiro encontro entre Penélope e o marques que deixou essa má impressão.

    LEITURA DESCONTROLADA

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  4. Quanto a mim, eu acho que eu sou a única que ainda não está nesse vício de romances de época, hahaha. Aparentemente ele é muito contagioso. Sobre o livro, eu já tinha lido umas 2 outras resenhas dele, e todas foram muitos elogiosas também. Sempre acho maravilhoso quando uma leitura flui tão bem assim, sem dúvidas é mais um ponto extra para o livro. O fato de o livro fazer uma critica ao machismo, mesmo se passando em uma época em que era tão comum, me fez ficar com vontade de ler. Mesmo eu não sendo tão fã assim de romances.

    Bjs.

    www.ciadoleitor.com

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  5. Ganhei essa série completa em um super top comentarista que participei. Mas ainda não consegui ler, pq sempre dou prioridade aos livros de parceria (faz parte dos ofícios de blogueira). Mas emprestei a minha mãe e ela amou. Pretendo ler esse ano com certeza!!!
    Ótimo saber que você gostou tanto da leitura. Os romances de época são apaixonantes mesmo.
    Beijos e fico no aguardo das outras resenhas!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

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  6. Assim como voce tambem me apaixonei por esse livro, tenho ele mas ainda não comecei a ler, estou pensando em ler ele na carnatona.
    Fiquei feliz em saber que a autora tem uma escrita fluida e tenho certeza que irei gostar desse livro

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  7. Oi Kris!

    Eu tenho ele, mas não li ainda.
    Da autora eu li dois, aqueles Números do Amor. Eu amei e notei que é dela mesmo sempre reforçar suas protagonistas contra o machismo. Já achei dois livros dela com mulheres de calças! É uma autora que quero tudo que publicar kkk

    Bjus

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  8. Oieee tudo bem,
    essa é outra capa que eu acho perfeita, ainda não tive o prazer de ler nenhum livro da autora, mas ela está na minha lista com certeza. Que chato esse lance dos erros de tradução/revisão, deveriam ser mais atenciosos quanto a isso.
    beijo

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  9. Essa capa é um arraso, né Kris? Amei a resenha, já estava curiosa, agora fiquei mais! Beijos!

    Blog: http://literarte.blog.br
    Insta: instagram.com/blogliterarte
    Twitter: twitter.com/yasmimsaks

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  10. Olá Kris, eu adorei os livros da Sarah, eu sou louca por romance de época e sempre quando sai um livro, fico ansiosa para ler. Preciso ler o terceiro do O clube dos canalhas. Bjkas

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