Oi, hoje eu venho trazer a indicação de um livro que me encantou quando eu li a sinopse um livro sobre mulheres escrito por uma mulher. E quem vem sendo um grande sucesso de críticas por onde passa e está sendo lançado pela editora Tordsilhas.
“A história é brutal, mas arrebatadora – imbuída da linguagem poética que caracterizou o primeiro livro de Mohamed.” – Daily Telegraph
Hargeisa, segunda maior cidade da Somália, 1987. A ditadura militar que está no poder faz demonstrações de força, mas o vento que sopra do deserto traz os rumores de uma revolução, e em breve, pelos olhos de três mulheres, vamos assistir ao mergulho do país em uma sangrenta guerra civil.
Aos 9 anos, atraída pela promessa de ganhar seu primeiro par de sapatos, a menina Deqo deixa o campo de refugiados onde nascera. Em circunstâncias dramáticas, conhece Kawsar, uma viúva que logo em seguida é presa e espancada por Filsan, uma jovem soldado que deixara a capital para reprimir a rebelião que crescia no norte.
Intimista, singelo e poético, O pomar das almas perdidas nos lembra de que a vida sempre continua, apesar do caos e do sofrimento.
Título: O pomar das almas perdidas
Autor: Nadifa Mohamed
Título original: The Orchard of Lost Souls (Inglaterra)
Tradução: Otacílio Nunes
Capa: Thiago Lacaz
Gênero: Romance
Autor: Nadifa Mohamed
Título original: The Orchard of Lost Souls (Inglaterra)
Tradução: Otacílio Nunes
Capa: Thiago Lacaz
Gênero: Romance
A Autora
Nadifa Mohamed nasceu em Hargeisa, Somália, em 1981, e foi educada no Reino Unido. Estudou história e política no St. Hilda’s College, Oxford. Atualmente, ela mora em Londres. Seu primeiro livro, Black Mamba Boy, foi publicado em 2010.
Em 2013 foi eleita pela revista Granta uma das melhores jovens escritoras britânicas.
Muito já se escreveu sobre a Somália e a guerra civil que assola o país desde os anos 1980, mas pouco se sabe sobre seu povo. Em seu segundo romance, a escritora britânica de origem somali Nadifa Mohamed se encarrega de trazer à luz a vida, a língua e a cultura dessa gente.
Ambientado na cidade de Hargeisa às vésperas do conflito que engoliu o país, O pomar das almas perdidas conta a história de violências e perdas de três mulheres de gerações distintas. Deqo, Kawsar e Filsan se encontram pela primeira vez em um estádio, na festa de aniversário da revolução que colocara no poder uma ditadura militar. Aos 9 anos, Deqo, que só conhecia a existência no campo de refugiados onde nascera, fará uma apresentação de dança e por ela receberá um desejado par de sapatos. Mas ela erra a coreografia e recebe uma punição. Das arquibancadas, a viúva Kawsar, em seu eterno luto pela morte da filha adolescente, vê a agressão e decide intervir. É presa por Filsan, uma jovem soldado ambiciosa que em breve aprenderá uma lição dura sobre si mesma e o mundo dos homens. Os eventos que se desenrolam do momento da prisão de Kawsar até a volta de Filsan à delegacia são dramáticos e determinantes do que virá a seguir.
O livro acompanha então a vida de cada uma das mulheres. Deqo se perde pelas ruas da cidade, perambulando pelas bancas do mercado até encontrar refúgio na casa de prostitutas. Machucada, impossibilitada de se mover, Kawsar volta para seu bangalô e passa a viver com a ajuda de uma jovem. Filsan retorna ao quartel e ao seu trabalho de patrulha. Nesse momento, a narrativa cresce e ganha uma qualidade poética admirável, para a qual muito contribui a musicalidade das palavras somalis sussurradas aqui e ali.
Aos poucos, a revolução cresce e o conflito armado se instala de vez, obrigando a população a deixar sua casa. Em meio aos escombros, aos cadáveres, à areia do deserto e às suas próprias perdas, Deqo, Filsan e Kawsar voltam a se encontrar para viver o seu destino final e comum, num trabalho magistral de construção de enredo que ajuda a explicar por que a revista Granta elegeu Nadifa Mohamed uma das melhores jovens escritoras britânicas de 2013.
Mohamed criou una obra intrinsecamente feminina, que dá voz às mulheres somalis sem polêmicas de gênero, apenas com uma escrita vigorosa e cheia de nuances. Em um lugar desprovido de homens, a autora trata suas personagens com sensibilidade e reverência.
“A franqueza da escrita lírica e vívida de Mohamed oferece um insight não apenas sobre a turbulenta história da Somália, mas também sobre as relações conflituosas que todos temos, um com os outros ou com nós mesmos.” – The Star
“O pomar das almas perdidas captura a tristeza da guerra e o triunfo do espírito humano” - New York Journal of Books
“Poderoso, transcendente (…) Mohamed evoca a inquietação crescente de uma cidade à beira do caos com linguagem e imaginário vibrantes, escrevendo com esmero uma história que permanecerá com os leitores até muito depois de eles terem virado a última página.” – Booklist
Caramba, parece ser um livro bem pesado no sentido de mexer contigo, sabe? Não duvido que realmente seja uma obra inspiradora, se só o nome e a capa do livro já te passam essa sensação, imagina o conteúdo? haha
ResponderExcluirIsso sem falar que estórias que retratam realidades fascistas geralmente me chamam bastante atenção mesmo.
Enfim, parece ser um daqueles livros que te emocionam bastante.
Mago e Vidro