Outra de mim

14 outubro 2012


Nem sempre a face que aparece é a minha;
É como se em alguns momentos ela conseguisse se libertar.
A Louca, a feiticeira, faceira, ardente.
É como se ela prendesse a todos em seu feitiço inebriante.
Ela brilha...

E aquele ser brilhante não sou eu;
Então eu posso ver como que por traz de um espelho,
Que ela os encanta e apaixona.
É como se ela possuísse uma liberdade que eu nunca possui.
Ela dança...


E aquela fada bailante não sou eu;
E ela ama, sem buscar amor em troca, sem pedir aceitação,
Se doa pelo simples prazer de se dar, de amar.
É como se fosse dela o magnetismo da lua.
Ela atrai...

E aquela deusa fulgás não sou eu;
E ela dorme, entorpecida do prazer que recebeu e proporcionou,
E tomo de volta o meu lugar, triste, solitária, sem brilho algum.
É como se agora ela me olhasse do espelho, pedindo para voltar.
Ela grita...

Kris Oliveira 


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