Vozes de um Túmulo.

26 agosto 2008


Morri! E a Terra - a mãe comum - o brilho 
Destes meus olhos apagou!... 
Assim Tântalo, aos reais convivas, num festim, 
Serviu as carnes do seu próprio filho
Por que para este cemitério vim?! Por quê?! 
Antes da vida o angusto trilho Palmilhasse, do que este que palmilho 
E que me assombra, porque não tem fim!
No ardor do sonho que o fronema exalta 
Construí de orgulho ênea pirâmide alta... 
Hoje, porém, que se desmoronou
A pirâmide real do meu orgulho, 
Hoje que apenas sou matéria e entulho 
Tenho consciência de que nada sou! 

Por: Augusto dos Anjos

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